Eu não procuro entender todos os motivos que movem as atitudes das pessoas,
sei que somos seres extremamente complexos,
e que nossas ações são motivadas por situações
e ideias que por vezes desconhecemos.
Entretanto, ouso dizer que, quando penso na relação entre a árvore
e seus frutos, entre o que as pessoas dizem e o que elas fazem,
sinto muita tristeza em perceber que nós, humanos que somos,
temos a inegável tendência de sermos desleais às nossas próprias palavras
e aos valores que transmitimos através delas.
Alguém que está disposto a abrir mão de sua vida pessoal
em prol da obra de Deus, pode ter tanto apego a certas coisas?
Um mensageiro do amor de Deus pode, em suas atitudes contrariar
grande parte das palavras que pronuncia sobre amor ao próximo?
Uma pessoa comprometida com Deus pode ser tão alheio aos seus irmãos,
a ponto de não se importar com suas necessidades e fraquezas?
E, por fim, uma pessoa tão falha quanto qualquer outra, tem o direito de
julgar e condenar atitudes que podem até mesmo ser consideradas menos nocivas
do que aquelas que ele mesmo tem?
Se não fosse o amor de Deus, que compreende nossa condição,
estaríamos perdidos,
mas entre nós, iguais em nossa origem e natureza,
seria transformador se pudéssemos nos esforçar
pela coerência entre nossas PALAVRAS e nossas AÇÕES.
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